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Projeto “Biblioteca ao Entardecer” homenageia Marie Curie em seu 4º encontro

  • Sociedade Polônia
  • 13 de mai.
  • 3 min de leitura

O quarto encontro do projeto Biblioteca ao Entardecer foi marcado por relembrar a trajetória de uma das maiores cientistas da história: a polonesa Madame Marie Skłodowska-Curie. Com o tema “Relicário de escritas – A artesãnia das escritas da polonesa Marie Skłodowska-Curie”, o evento trouxe reflexões sobre a importância da ciência, da escrita e da memória. Foram convidadas para relatar sobre o tema a Prof. Cartia Matins docente do IFRS - Campus Feliz e doutoranda do Programa de Educação da UFRGS e a Bacharelanda em Quimica pela UFRGS, Amanda Ramos Mallmann.

Conhecida mundialmente por suas descobertas sobre a radioatividade, Marie Curie nasceu em 1867, na Polônia, e enfrentou uma série de obstáculos até se tornar a primeira mulher a conquistar um Prêmio Nobel. Ela foi agraciada com dois prêmios Nobel — em Física (1903) e em Química (1911) — sendo a única pessoa na história a alcançar esse feito em áreas científicas distintas. Ao lado do marido, Pierre Curie, ela descobriu dois elementos químicos: o polônio (batizado em homenagem à sua terra natal) e o rádio, revolucionando a ciência moderna.

Durante o encontro, Amanda apresentou uma rica apresentação sobre a trajetória da Madame Curie, destacando o impacto geracional do trabalho da cientista. Sua fala trouxe ao público uma visão de Marie que  não só desbravou o caminho da pesquisa com o marido e sozinha após o falecimento de Pierre, como também formou um legado dentro da própria família, com sua filha Irène Joliot-Curie também recebendo um Nobel em 1935.

A professora Cátia inicia sua fala explicando porque a escolha de “Relicário de escritas” – “Quando pensamos em relicário remetemos a algo precioso, algo muito importante” – destaca. Trouxe em sua fala um visão além de Marie como cientista, a trouxe como mulher, ativista política e mãe.

Traz para os presentes o livro infanto-juvenil “Histórias de ninar para meninas rebeldes” – livro este que conta a trajetória de diversas mulheres que foram marcos na história do planeta, a professora apresenta o  livro como um exemplo da expressividade de Marie Curie  e da importância dela até mesmo quando se fala com as crianças.

Sobre as preciosidades das escritas de Madame Curie, os cadernos  que atualmente estão no porão do Arquivo Nacional da França em caixas de chumbos, cadernos estes onde Marie descrevia todo seu trabalho e cada descoberta. Devido a radiação que ainda é muito alta, este material só pode ser acessado por fotos e videos ou com autorização e trajes de segurança. Mas é inquestionável a preciosidade que eles trazem, pois é possivel se datar e avaliar o processo da descobertas que trouxeram os prêmios de Marie. O primeiro caderno que se encontra neste acervo é de 1898.

Além disso, trouxe reflexão para pensarmos como pessoas, como mães, como ser humano, ela destaca cartas trocadas entre Marie e suas filhas, oferecendo ao público uma visão mais íntima da cientista: uma mulher que, além de genial, era sensível, dedicada à família e defensora da educação. – “Paris, 1 de agosto de 1914. Querida Ìrene e Querida Evè, as coisas estão ficando feias, estamos pendentes que a qualquer momento chegue a revolução. Se a guerra se instalar em seguida me reunirei com vocês na segunda, se não, só me resta a impossibilidade de viajar por aqui eu vou ficar com possibilidade de que possa organizar e ajudar os civis que necessitem, Ìrene tu e eu procuraremos ser de alguma forma  util. Manda a vocês  um beijo com todo carinho da vossa mãe.” – Carta enviada por Marie Curie as filhas. Professora Catia destaca como Madame Curie tinha a opção de não participar, de se esconder, mas a mesma além de se fazer presente gostaria da participação das filhas neste momento.

Durante a primeira guerra Marie Currie com a influencia que havia ganho com sua vida profissional montou diversos  veiculos que ficaram conheidos como petit-marie com equipamento de raio-x que fizeram com que muitos soldados não tivessem seus membros amputados e tratados da maneira correta.

Embora falecida antes da Segunda Guerra Mundial, o trabalho de Curie continuou a impactar o mundo. Suas contribuições foram retomadas por pesquisadores durante o conflito e seguem sendo fundamentais até hoje, especialmente na medicina e na física nuclear. Para a Polônia, sua terra natal, Marie Curie é símbolo de resistência, orgulho nacional e um ícone feminino da ciência.

O projeto Biblioteca ao Entardecer segue cumprindo seu papel de incentivar a leitura, a pesquisa e o pensamento crítico. A homenagem a Marie Curie reforçou a importância de valorizar figuras históricas, especialmente mulheres que abriram caminho para que a ciência e a educação sejam hoje acessíveis a mais pessoas.



 
 
 

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