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Projeto “Biblioteca ao Entardecer” encerra sua primeira edição com homenagem a Maria Konopnicka

  • Sociedade Polônia
  • há 2 dias
  • 3 min de leitura

“Biblioteca ao Entardecer” encerra a sua primeira edição dedicada ao tema: Acervo de obras & História das mulheres, neste semestre, com homenagem a poetisa Maria Konopnicka

Nesta segunda feira, 26/05/2025, foi promovido pela Sociedade Polônia o 5º Encontro da atual edição.

A figura central foi Maria Konopnicka, escritora, poetisa e ativista polonesa do século XIX, cuja vida e obra foram apresentadas pela professora Irene Haber Zembrzuski.




A senhora Irene é professora do curso de língua polonesa da Sociedade Polônia e frequentadora da instituição desde a infância. Ela iniciou sua exposição relatando um panorama da trajetória de Konopnicka e a importância de suas obras — muitas delas presentes no acervo da biblioteca Pani Janina Figurska da Sociedade Polônia: Pan Balce w Brazylii, O krasnoludkach i o sierotce Marysi, Jak to że inem było, Na jagody e O Janku Wędrowniczku.

1960 - Sociedade Polônia
1960 - Sociedade Polônia

Durante sua apresentação Irene relembrou sua participação, em 1960, na peça dirigida por Pani Janina Figurka em homenagem ao 60º aniversário da morte de Konopnicka, onde interpretou uma órfã na peça inspirada na obra “O kransoludakch i sierotce Marysi”.

Irene contou aos presentes que além de escritora, Konopnicka foi uma das líderes do protesto internacional contra o castigo que as crianças de Września sofreram por responderem em polonês, recusando-se a responder perguntas em alemão nas aulas de religião da escola, também atuou participando de protestos contra a repressão de minorias étnicas, principalmente polonesa e religiosas na Prussia e foi ativa nos protestos pelo direito das mulheres, lutou enfim  em ações condenando a repressão das autoridades Prussianas.

No ano de 1908 Maria escreve "Rota" (Juramento) um protesto contra as políticas do Império Alemão de germanização forçada dos poloneses, considerado por muitos o “segundo hino da Polônia”, uma das obras mais emblemáticas de Konopnicka se torna símbolo de resistência e identidade nacional.


Em seguida, recitou ainda outros poemas da autora — tanto em polonês quanto em português — reforçando a força e a sensibilidade da escrita. Os poemas declamados foram:


●      Um trecho do livro  “O krasnoludkach i o sierotce Marysi” que diz :

Czy to bajka, czy nie bajka (É um conto de fadas, ou não é)

Myslcie sobie jaktam chcecie (pensem como quiserem)

A ja przeciez wam powiadami (Mas eu pois vos digo:)

Krasnoludki sa na swiecie (Existem duendes no mundo.)

●      Oj kłopoty to nie żarty (Oh, preocupações não são brincadeiras)

●      Pranie (Lavando roupas)

●      Co dzieci widziały w drodze (O que as crianças viram pelo caminho)


O encontro também contou com a participação especial de Vivienne Stephanou, bacharelanda em Biblioteconomia e integrante do grupo Sépia desde 2022. Vivienne apresentou um panorama das demais autoras do século XIX presentes no acervo da biblioteca, valorizando a presença feminina na literatura da época. A apresentação destacou livros que enriquecem o acervo histórico e cultural da Sociedade, incluindo as obras:



●      Eliza Orzeszkowa

1896 Melancólicos

1897 Trzy Nowelle ( 1.A...B...C... / 2. W wimowy wieczór / 3. Dobra pani)

●      Waleryę Marrene (Morzkowska)

1857 Nowy gladjator

1875 Zasady i czyny

1889 Dwoista

●      Marja Rodziewiczówna

1895 Ryngraf

●      Pauline Reinschmit-Roslaw (Paulina Kuczalska-Reinschmit)

1886 Poradnik dla kobiet pracujacych (III. Szewctwo)

1886 Poradnik dla kobiet pracujacych (VI. Nowe Drogi Pracy)

●      Teresa Dymidowiczowa (Drogosława)

1854 Wspomnienia z lat dziecinnych

●      Wanda Żeleńska

1877 Znakomite niewiasty

●      Marya Wysłouchowa

1894 O Kościuszkowskiem Powstaniu z roku 1794

●      Klementyna Hoffmanowa (Klementyna Tańska)

1898 Dziennik Franciszki Krasińskiej

●      Józefa Maskoffa (Gabriela Zapolska)

1899 W Dąbrowie Górniczej - Obraz sceniczny w jednym akcie

●      Emma Jeleńska (Dmochowska)

1899 Panienka (Tom I)

●      Jadwiga Warnkówna

18XX Przy domowem ognisku - Baśnie oryginalne i naśladowane


Para finalizar sua fala sobre as escritas polonesas, Vivienne fala das obras vencedoras do Prêmio Nobel de Literatura presentes no acervo bibliográfico da Sociedade. O Nobel foi instaurado em 1901, e dos 121 laureados, apenas 18 são mulheres. A literatura polonesa recebeu o prêmio 5 vezes: em 1905, 1924, 1980, 1996 e 2018.

Ela destaca as duas mulheres desta lista que receberam o prêmio:  1996 ano em que o Prêmio Nobel de Literatura foi concedido à poeta Wisława Szymborska que é a poeta polonesa mais traduzida para outras línguas, sendo 36 idiomas diferentes, e 214 poemas foram  traduzidos para o português em 5 livros publicados no Brasil.

E o ano de 2018 em que o Prêmio Nobel de Literatura concedido à Olga Tokarczuk com o livro “Sobre os ossos dos mortos”.


O vice-presidente da Sociedade Polônia, Sr. Mariano Hossa, encerrou o evento com agradecimentos ao público presente e aos colaboradores do projeto. Ele também anunciou que a próxima edição do “Biblioteca ao Entardecer” retornará em agosto, prometendo novas reflexões e descobertas dos poloneses.







 
 
 

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